A dificuldade do amor face ao progresso: História de Taipei

Balanço
A pobreza do eu
a opulência do mundo
A opulência do eu
a pobreza do mundo
A pobreza de tudo
a opulência de tudo
A incerteza de tudo
na certeza de nada.
(Carlos Drummond de Andrade)

Em História de Taipei (Edward Yang, 1985), quando Gwan, amiga de longa data de Chin, protagonista do filme do diretor taiwanês, retorna à cidade, Lung a encontra. Eles entram no carro; ele a questiona aonde deseja ir. Ela lhe designa essa decisão. Quando saem do veículo,  vemo-nos muito pequenos, em plano geral, em frente à fachada de um prédio muito alto. É noite, mal conseguimos ver os seus rostos. Gwan exclama e aponta: “Olhe, os balanços ainda estão lá!”. No plano seguinte, vemos Gwan, em plano médio, sentada no banco desse balanço, oscilando em alta velocidade. Depois, ela para bruscamente; segura as correntes do balanço e apoia a cabeça em uma delas.  Enquanto isso, com as mãos nos bolsos, Lung olha para o chão, cabisbaixo. Depois de ter cessado o movimento do balanço, Gwan se recorda de sua relação com Chin, mulher com que ele, atualmente, possui uma relação e, ao longo de A história de Taipei, convive e vive a maior parte dos seus conflitos mostrados no filme. Gwan se lembra do passado, de como considerava Chin como sua melhor amiga, levanta hipóteses se ela estaria ciente do seu retorno, ao mesmo tempo em que tem consciência da fúria de Chin ao saber que ela está ali, ao lado de Lung. Sobre o presente, Gwan é informada pelos boatos: Chin está empregada, vive sozinha, tem um bom trabalho. Gwan contasta: “Eu sempre pensei que ela deveria ser um menino”. Ao ouvir isso, Lung demonstra surpresa; afirma que Gwan não compreende, de fato, tudo aquilo. No decorrer dessa conversa, ambos falam de pontos da vida de Chin entre o presente e o passado, como a relação com seus familiares. Eles se lembram, também, de quando se encontraram em Tóquio; Gwan propõe irem à casa de Lung. Ele se recusa e, diante do rosto decepcionado de Gwan, afirma que ela sabe que teria terminado dessa maneira se ela tivesse se casado com ele ou com o outro de seus colegas. Ela o contesta veementemente: “eu acho que você só sabe ter piedade pelas outras pessoas. Você nunca amou ninguém de verdade. Você está vivendo em seu próprio mundo de conto de fadas, onde só sua piedade pode nos salvar. Lung, esse mundo não é como seu mundinho de beisebol. Tudo agora é diferente. Só você não mudou”.

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História de Taipei (Edward Yang, 1985).

O balanço se assemelha a um pêndulo: sai de um lugar, vai até o outro, retorna de onde partiu. Nos dois instrumentos, a gravidade e a tensão de uma corda são determinantes na circunferência que percorrem: o peso de um corpo ou de uma esfera até a ponta impulsionam, mas também freiam o movimento, reduzem a velocidade dessa ação. Tempo, gravidade, peso e materialidade parecem ser, ao longo de História de Taipei, elementos que atravessam e delimitam as relações pessoais e amorosas entre os personagens do filme. Podemos, também, evocar esses fatores para falar de amor nos outros dois longas do diretor que abordaremos, muito brevemente, no decorrer deste curto artigo: A Confucian Confusion (Edward Yang, 1994) e As coisas simples da vida (Yi yi, Edward Yang, 2000). Nessa abordagem, também pensamos como o universo do trabalho e urbano atravessam as relações ali existentes.

Em História de Taipei, Chin e Lung convivem, passam bastante tempo juntos, especialmente na casa de Chin. Eles discutem muito, envolvem-se amorosa e sexualmente com outras pessoas, preocupam-se com a situação financeira de seus parentes, andam pela cidade, cogitam ir embora dali. Eles conversam diante da televisão, Chin desabafa sobre as preocupações com a sua carreira, Lung questiona se ela foi demitida; ela se enraivece, dizendo que, ainda agora, o parceiro desconhece quais são as necessidades – e desejos – reais dela. Nesse diálogo, Chin cogita: e se nós nos mudássemos para os Estados Unidos? O progresso, a solução  para os problemas poderia estar lá, longe, no outro canto do mundo. Essa ideia reaparece em diversos momentos de conflito entre eles, retornando no momento da reconciliação depois de uma das brigas mais intensas que o filme mostra entre os dois, em que Chin atira as coisas do parceiro na escada. Depois que Chin o telefona pedindo que ele vá encontrá-la, Lung vai encontrá-la em um karaokê. Mas o carro que era dele não mais o pertence. O tempo avança, o consumo também, tudo muda muito depressa. Quando estão dentro do apartamento, com a luz apagada, Lung lhe diz para que ela esqueça o passado; Chin propõe que eles se casem, questiona-o se terão que esperar até que se mudem para os Estados Unidos para que isso aconteça. Ele a rebate, dizendo que nem os Estados Unidos, nem o casamento são cura, mas são apenas a ilusão que seria possível começar de novo. Lung diz à mulher que aquela noite não dormirá ali, porque isso terminaria por confundi-lo. Essa impossibilidade de um recomeço, a sua impraticabilidade na vida prática, aparece também em As coisas simples da vida, quando NJ Jian retorna à casa e conta a Elaine que encontrou parte da sua juventude enquanto a esposa estava fora. Pensando sobre o que houve, ele confessa à esposa: mesmo se houvesse uma segunda chance, ele não precisaria dela.

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História de Taipei (Edward Yang, 1985).

Enquanto as relações se enfraquecem, desmantelam-se, a cidade continua veloz, o progresso avança, há anúncios luminosos por toda parte. No alto de um prédio, Chin conversa e encontra com a sua amiga em frente à uma placa da Fujifilm.  Elas parecem muito pequenas naquele lugar e naquela imagem, em que o tamanho e a dimensão daquela placa é o que maior e desperta mais atenção. Em uma sequência posterior, depois de uma briga com Lung, ela encontra o seu amante  outra vez no alto de um prédio. Agora, vemos-na em frente ao anúncio luminoso da Fujifilm, cuja luz ofusca que possamos enxergar suas faces e seus corpos e, deles, acompanhamos tão somente suas silhuetas envoltas em penumbra e sombras.  No entanto, apesar das grandes empresas prosperarem, a vida das pessoas comuns é atravessada por problemas: Lung empresta dinheiro ao pai de Chin, que é ameaçado por ter pago uma conta cujo cheque voltou. Chin dá dinheiro à sua mãe. A irmã de Lung que era viciada em jogos se mata; Lung se enraivece e questiona o motivo da dor e da tristeza do cunhado, que parecem-no demasiados e exagerados para a morte de alguém cujo comportamento ele execrava.

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História de Taipei (Edward Yang, 1985).

Em As coisas simples da vida, a realidade, a racionalidade e a lucidez também esmagam qualquer desejo – ou sonho – possível de uma segunda tentativa, reverter o passado. No filme, NJ Jian,  marido de Elaine, enfrenta problemas em sua empresa, que está ameaçada de ir à falência e precisa viajar para negociá-la. Enquanto isso, a mãe de Elaine adoece, tem um derrame e entra em coma. Esse evento de saúde tensiona e reconfigura o cotidiano da casa e revela os sintomas de dificuldade de comunicação dentre aquelas pessoas. Elaine organiza a forma como os outros devem se comunicar com sua mãe adoentada. Quando o garotinho Yang Yang entra no quarto, ela diz com veemência: fale com sua avó. Ele, espontaneamente, diz que não tem nada a dizer, porque a avó não vai escutá-lo, nem entendê-lo. A mãe se enraivece, diz ao menino que ele não pode simplesmente ignorar a avó. Depois disso, o tio do garoto, irmão de Elaine entra no quarto. Ele anuncia à mãe que é bom em falar, que não há razão para que ela se preocupe. Ele conta à mãe que agora é rico. E que as pessoas agora vêm a ele para pedir empréstimos. Ele lhe diz que agora tem uma série de amigos ricos e que sua garota é uma boa pessoa. Diz a ela que o resto ela sabe. E que, caso ela queira, pode agora fazer perguntas. Enquanto isso, vemos o corpo da senhora doente, silencioso e imóvel. Em outra sequência de conversa dos familiares com essa senhora, Elaine chora, em desespero. Ela diz que não tem mais nada a dizer à mãe, que lhe repete sempre as mesmas coisas e lhe diz o que fez na manhã, na parte da tarde. Ela diz: “eu não posso aguentar, eu tenho tão pouco. Como eu posso ser tão pouco?”. Depois, a família encontra uma solução plausível para esse problema: vão pedir para que a enfermeira leia o jornal para a senhora doente.

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As coisas simples da vida (Edward Yang, 2000)

Em Confuncian confusion, o universo do trabalho também oprime e confunde os sentimentos de um pelo outro. Nas cartelas que integram uma das primeiras sequências do filme, o que acompanha os meios de produção e o dinheiro já é questionado. Elas narram um hipotético diálogo: “Confúcio: ‘Faça as pessoas ricas’. Discípulo: ‘O que vem depois que elas enriquecerem?”. O filme se refere a um período posterior,   2000 anos de pobreza depois, em que foi preciso apenas vinte anos para uma cidade nomeada Taipei se tornasse uma das mais ricas no mundo. Uma outra cartela anuncia: “Nós estamos emocionalmente ligados”. Nesse cenário, dois colegas de trabalho conversam, sendo que um deles acredita pouco na sinceridade do afeto. No meio do corredor, aguardando o elevador, o homem diz à mulher: “Você não sente que a emoção se tornou algo perigoso hoje em dia? A emoção não se tornou apenas uma desculpa, também pode ser falsificada”. As emoções não parecem ser nem diferentes daquilo que existe no mundo – especialmente aquele do trabalho -, como, também, parecem ser muito facilmente capturadas pela lógica desenvolvimentista ali presente, na medida em que podem ser manipuladas e fabricadas.

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A Confucian Confusion (Edward Yang, 1994)

Torna-se difícil um recomeço no mundo – e em um contexto sociopolítico – assolado pela velocidade do progresso e do trabalho. A história de Taipei tem como cenário e época o período em que o  atravessava Taiwan o milagre econômico taiwanês. Na última metade do século vinte, o país passou por um rápida industrialização e crescimento econômico. Esse crescimento foi justificado pela implementação de princípios neoliberais, de uma economia de livre mercado. Esse foi um processo semelhante àquele que ocorreu Singapura, na Coreia do Sul e em Hong Kong, que se tornaram os quatro tigres asiáticos. Nesse processo, a década de 1980 teve grande importância, sendo um período em que aumentaram em graus elevados as exportações do país. Nessa década, as empresas taiwanesas cresciam e se fortaleciam, negociando com vários países da Ásia, especialmente com a China, e também com o Estados Unidos. A partir do título chinês do filme, Andrew Chan, no texto Taipei Story: Modern Planning1, destaca como Yang joga com a expectativa do espectador taiwanês que esperava encontrar, naquela obra, qualquer romance escapista, que aliviasse a experiência da realidade. Pelo contrário, Yang evidencia as consequências que esse modelo de crescimento pode ter na vida cotidiana, especialmente naquelas das pessoas mais pobres.

Diante de tudo isso, parece ser mais fácil para aquelas pessoas criarem refúgios, escapatórias e fugas para suportarem o mundo. Quando Gwan contesta Lung por viver em um “conto de fadas”, ela o relaciona ao beisebol. Para esse antigo jogador, o beisebol ainda permanece como imagem de refúgio possível, vista pelas imagens da televisão. No extra-fílmico, no lugar em que está o espectador desses filmes, podemos também pensar o que seria o cinema em meio a caos e num mundo em que se embrutece. Em As coisas simples da vida, NJ Jian reecontra uma de suas antigas paixões, uma mulher com a qual teve uma relação durante sua juventude. Eles recordam um dos diálogos que tiveram em um dos seus primeiros encontros. Um dos pontos que eles conversam é sobre cinema, depois de terem visto um filme e trocarem opiniões sobre ele. Na época, a mulher disse que o filme era muito sério; ele lhe perguntou se ela preferia as comédias. Ela diz que não, mas não precisava ser tão triste. Ele lhe diz: “A vida é uma mistura de coisas tristes e felizes. Filmes são como a vida, é por isso que nós os amamos”. Ela o responde: “Então quem precisa dos filmes? Apenas fique em casa e viva a vida!”. O jovem NJ Jian recorda o que dizia o seu tio: “nós vivemos três vezes desde que o homem inventou filmes”. Ela o questiona como isso poderia funcionar. Ele a responde: “Significa que o cinema nos dá duas vezes o que nós recebemos da vida diária. Por exemplo, assassinato. Nós nunca matamos ninguém, mas todos nós sabemos o que é mater. Nós pegamos isso dos filmes”. Pelos filmes de Yang, acompanhamos algumas histórias de amor conflituosas e assombradas pelas dificuldades – ou, de forma mais dura, pela impossibilidade – de um recomeço ou de uma segunda chance. Sendo tão próximos à vida, aquilo que sofriam e viviam pessoas em um país orientado pelo progresso e sob uma dinâmica de trabalho intensa, se considerarmos a perspectiva do tio de NJ Jian, esses filmes possibilitam que vivamos e aprendamos muito sobre os afetos em um ambiente urbano. No entanto, oferecem bem poucas respostas de como seria possível vivê-los de outra maneira, desassociar-se das violências que os atravessam.

Nos três filmes que comentamos, a realidade é dura, cruel e agride aquelas pessoas que habitam os espaços urbanos. Parece não existir muitas maneiras de escapar de tudo aquilo: nem mesmo o amor parece ter potência e capacidade suficiente para tornar suportável a vida ali, oferecer qualquer refúgio ou possibilidade de descanso. Pelo contrário, ele é consumido – e consome – o que há de instável, transitório e bruto de todo o universo ao redor. Um dos elementos que corrobora isso é a presença da morte. Em História de taipei, a morte de Lung no meio-fio, ensangüentando e feriado após uma briga na rua, carrega consigo diversos elementos que acompanhamos ao longo do filme. Diante de uma televisão apagada, ele imagina um jogo de futebol, parece lembrar-se da época em que trabalhou como jogador. O sangue escorre pelo meio-fio, chega à calçada, mancha a rua. Ele morre sozinho, à noite, sem que ninguém o veja ou o socorra. É no outro dia, de manhã, que chegam os médicos e a polícia. O corpo é retirado dali, a vida segue. Amanheceu, a vida prossegue numa rua, na estrada, no que há para ser cumprido e feito na lógica de uma grande cidade.

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História de Taipei (Edward Yang, 1985).

Em Confuncian confusion, a morte é um dos temas que povoam o trabalho do escritor que protagoniza alguns dos capítulos da obra. Um dos capítulos se anuncia com a seguinte cartela: “o único jeito era enfrentar a hipocrisia?”. O escritor deixa uma nota em seu ateliê: “eles falsificam tudo na vida, mas ninguém pode falsificar a morte. O único jeito de lutar contra a hipocrisia é por meio da morte”.  Depois, quando sua amante vai embora sem lhe dar certeza se o ama ou não, ele sai correndo atrás do táxi que a leva. A amante percebe, pede que o motorista freie de repente; o homem se choca contra o parachoque do carro. O taxista fica assustado, não consegue entender como poderia ter atingido a um homem parando o carro, por meio do parachoques. Ele diz: “você atropela alguém quando o carro está se movendo, não parando”. Diz que aquilo tudo é uma piada de mau gosto: como pode alguém correr na mesma velocidade que um carro? O escritor concorda com ele. Diz: “ele está certo. Somos todos como ele. Nós temos ideias fixas em tudo”. Depois da batida, ele passa a refletir sobre uma série de questões e diz: “a vida é boa para todos, mesmo para os ratos. A partir daí, ele começa a falar sobre a beleza e como as flores poderiam ser comportar. Coloca-se a questão: “a vida não seria mais divertida se nós descobríssemos algo novo todos os dias? Desse acidente, para cada flor, árvore e pessoa viva como você, a diversão está em todo lugar sugerindo uma nova esperança para a vida! Então, o melhor jeito de enfrentar a hipocrisia não é por meio da morte. Mas vivendo honestamente”. No que poderia comportar a morte, há uma forma forma outra do entendimento da vida.

taipei13A Confucian Confusion (Edward Yang, 1994)

A presença da morte é, também, o que revela nossos limites e evidencia nosso envelhecimento. Em As coisas simples da vida, durante o velório de sua avó, Yang Yang traz um caderno e lê um pequeno discurso para sua avó, vai ao túmulo dela e se desculpa por não ter falado com ela antes. Diz que ela provavelmente já sabia tudo que ele poderia dizer, senão não lhe diria sempre para que ele a escutasse.  Ele diz: “me disseram que você foi embora. Mas você não me disse para onde foi. Talvez seja algum lugar que você ache que eu deveria saber. Mas, vovó, eu sei tão pouco. Vovó, sabe o que eu quero ser quando crescer? Eu quero contar para as pessoas coisas que elas não saibam. Mostrar coisas que elas não viram. Será muito divertido. Talvez, algum dia, eu descubra para onde você foi”. O menino prossegue dizendo que sente falta da avó, que se recorda quando esta próximo do seu primo que ainda não tem nome. Ele se lembra de quando ela lhe dizia que se sentia velha; ele lhe diz que se sente velho também. No menino que ainda não tem nome, a vida se inicia, está aberta a quaisquer possibilidades; na evidência e na dúvida que a morte provoca – para onde a avó irá? – o envelhecimento e o tempo alcançam até mesmo um menininho.

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As coisas simples da vida (Edward Yang, 2000)

Edward Yang é um dos diretores associados ao novo cinema tailandês. Junto a  Hou Hsiao-hsien, ele é reconhecido por ter modernizado a linguagem e a forma do cinema do país.  A partir dos filmes que analisamos, percebemos que, junto às escolhas estéticas que ele adota, há uma consciência que é por uma nova forma que se torna possível revelar algo da história e do cotidiano de um país que se modifica. Nele, o amor é desafiado: para persistir, é preciso, antes, entender como ele pode existir em uma ordem econômica e de progresso que o sufoca.

Referência:
ALCOFORADO, Fernando. Globalização e desenvolvimento. São Paulo: Nobel, 2007.
Por Laís Ferreira Oliveira